sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Natal no Carmelo



Nada haverá de escura a noite de natal, pelo contrário, será a maior chama viva de amor de Deus para com os homens!

Maria Santíssima não se perturbou e soube que, com seu SIM, alcançaria Graças Divinas para a humanidade, e, já sabedora que tudo passa, teve paciência.

Na noite de natal Ela estará lá conosco, revivendo este inexplicável momento de amor, sempre nos ensinando que só Deus basta!

Na simplicidade da pequena via, desejo que o Amado meu visite cada família, em todos os lugares, pois tudo depende do amor.

Um Santo e Feliz Natal!

Marcelo Vilela, ocds.
Comunidade Beata Elisabete da Trindade - Montes Claros/MG

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Realidade, o que podemos fazer?



Fico impressionado de como nossos jovens estão alienados! Acabo de ler uma notícia que me deixou ainda mais preocupado, pois tenho uma filha adolescente, veja na íntegra a notícia:

“Teria chegado ao Brasil uma nova e perigosa mania importada dos Estados Unidos e da Inglaterra. Em festas com amigos, jovens pingariam vodca nos olhos "para aumentar a sensação de embriaguez". Para especialistas, a idéia do efeito alucinógeno é mito, mas pode causar inflamações graves, queimação da córnea e até cegueira. Por causa dessa mania, um universitário de Campinas, interior de São Paulo, perdeu 95% da visão e terá que receber uma nova córnea. O rapaz disse que foi influenciado por vídeos do YouTube. Em um deles, o cantor Tico Santa Cruz, do grupo Detonautas, aparece pingando vodca nos olhos. Ontem, Tico, de 32 anos, tirou o vídeo do YouTube. No seu blog, o músico repudiou as afirmações de que teria estimulado outros jovens. "Foi uma brincadeira que não acrescentou nada na minha vida. Mas cada um tem que assumir as consequências do que faz. Não sou responsável se alguém pingou vodca nos olhos e teve problemas", desabafou Tico Santa Cruz.”
http://www.montesclaros.com/noticias.asp?codigo=50572

Como que nossos jovens estão hoje facilmente sugestionados por tudo e qualquer coisa, besteiras, que são nocivas, que eles usam e experimentam de forma alienada. Lembro-me que também sou jovem e nunca fui alienado assim, no muito experimentei algumas bebidas diferentes, mas com muito medo e cuidado. O que está acontecendo? Como podemos ajudar a mudar esse cenário? Um vídeo de um músico, no mínimo inconseqüente, postado num meio de comunicação como a internet. Outro alienado, universitário, assiste ao vídeo e repete a façanha, e o pior, está quase cego por isso.
Diante de uma situação dessa, o que, como carmelita secular, posso fazer?
O que, como pai e como cidadão, posso fazer?
Creio que esse é um tema pertinente para discutirmos e levantar pistas para uma ação efetiva e transformadora, posto que, somos e devemos ser luz no mundo, fermento na massa. Quem se interessar vamos conversar sobre o assunto, envie um email.
Paz e bem.
Marcelo Vilela
OCDS - Comunidade Beata Elisabete da Trindade, Montes Claros-MG

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Encontro de Espiritualidade Carmelita

Comunidade Beata Elisabete da Trindade.



Minha Comunidade no encontro de Espiritualidade Carmelita, junto a nós, o reverendíssimo Frei Júnior.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

OS TRÊS CORAÇÕES QUE JESUS AMA

OS TRÊS CORAÇÕES QUE JESUS AMA

Frei Patrício Sciadini, ocd.

Há momentos na vida que se faz necessário parar, mesmo que a gente não queira. Somos forçados a fazer silêncio, a descer no quarto interior do coração e permanecer sozinho sem ninguém, sem uma palavra de apoio, macerando na solidão e curtindo o sofrimento que é necessário para crescer. Nunca devemos esquecer as palavras sábias, já conhecidas, mas repetidas pelo Papa Bento XVI “não se pode fugir do sofrimento, da dor, são necessários na nossa vida”...Sabemos disto mas não nos convencemos disto. Nesta hora de deserto em que muitos tentam decepcionar a nossa esperança, se reassume que o único que nunca nos decepciona é Deus. Ele é amigo fiel, honesto, que promete e que cumpre e não esconde as dificuldades que podemos encontrar para seguir os seus passos e nos tornar semelhantes a ele.

Num destes desertos brabos que Deus me deu de presente sem procurá-lo mas que ele no seu amor me ofereceu e não teve jeito de recusá-lo vi que Deus ama e acolhe com imenso carinho três corações que devem estar presentes dentro de nós:

1. UM CORAÇÃO DE POBRE: Deus quer que nós tenhamos de verdade um coração de pobre. Somente os pobres são livres. Eles não têm agenda, tudo está marcado no coração de Deus e sabe acolher a mensagem de esperança e de vida. Eles sabem que, ao confiar nos outros, um dia ou outro seremos abandonados e sozinhos devemos caminhar pela estrada que é nossa. Os discípulos de Emaús experimentaram toda a solidão e a decepção mas na solidão reencontraram o amigo companheiro de viagem Jesus, e nele colocaram toda a confiança e o reconheceram ao repartir o pão. Somente os que têm coração de pobre se abrem à esperança, à vida, à alegria, não como euforia, mas como consciência de que Deus é pastor amigo de todas as horas. Os ricos, os auto-suficientes não necessitam dele, têm tudo e tendo tudo se fecham sobre o próprio tudo.
2. UM CORAÇÃO DE CRIANÇA: Deus ama corações que não se deixam contaminar pela malícia da idade adulta. Jesus amava imensamente as crianças porque nelas via sinceridade, amor e abandono pleno. Sabia que elas o amavam de verdade e corriam ao seu encontro não para ganhar alguma coisa mas pela alegria de “tocar” Jesus, estar com ele. Santa Teresinha reassumiu na sua vida a pobreza e infância espiritual numa forma magistral. “Vou me apresentar diante de Deus com as mãos vazias...” e “mesmo que vivesse 80 anos sempre seria uma criança.”
3. UM CORAÇÃO DE PECADOR: Jesus ama os pecadores por isso veio fixar a sua tenda entre nós, veio para nos amar, para nos buscar e procurar em qualquer lugar onde nós estivermos. Como não se sentir reanimados nos desertos da vida quando vemos que Cristo nos procura como um dia procurou a ovelha perdida? Deus nos carrega nos seus braços.

Não podemos em determinados momentos da vida não dizer para Deus “obrigado Senhor, por ser pobre, criança e pecador!” Nunca Deus se afasta destes três corações. Podemos sempre encontrar um espaço dentro dele e perto dele.

Sem estes corações nós sempre seremos grandes, fortes e poderosos, mas quando entramos nos desertos será necessário nos despedir de tudo, deixar tudo e assumir que somos pobres, necessitados de tudo, crianças necessitadas de amor e pecadores necessitados de misericórdia.

terça-feira, 14 de julho de 2009

O valor do silêncio e da oração!


Tentando buscar no fundo uma verdadeira e sentida explicação para a oração e para o silêncio, começo lembrando que Jesus, nas suas Sagradas Escrituras, nos ensina a entrar no quarto e rezar a Deus em silêncio... Lá não fala em ligar um som, colocar um fundo musical, nada, apenas orar a Deus. Parece muito simples, daí queremos inventar... Deus através de Jesus nos ensina que o quarto significa um lugar reservado onde as distrações são diminuídas, onde o barulho é ausente, para que entremos em comunhão com Deus pela oração, sem distrações, sem fundo musical que nos leve facilmente às emoções, mas que, sem nenhum mecanismo externo, apenas entremos em contato com Deus dizendo: Pai nosso que estais no céu... Na primeira carta de Pedro no capítulo cinco versículo oito, Jesus nos fala através de Pedro que devemos “vigiai, pois o leão ruge forte ao nosso redor procurando a quem devorar”. E porque Pedro não escreveu que o leão não devora, mas sim procura a quem devorar? Justamente por causa da oração, vigiar na oração, a sós no seu quarto significa estar em silêncio para escutar Deus. O mundo moderno faz muito barulho, justamente para que não fiquemos em silêncio, para que não reflitamos, para que não ouçamos Deus. Daí vem as conseqüências da modernidade que é a correria, o stress, a depressão. O homem adoece porque não pára e não faz silêncio, não ouve Deus. O resultado disso estamos convivendo com ele, pessoas estressadas, mal humoradas, cansadas, sofridas. Sofridas mesmo, com muitos problemas físicos, psicológicos e espirituais.
Acabo de ler um artigo sobre o Padre Fábio de Melo. O texto aponta uma heresia dita pelo padre no seu novo livro, carta entre amigos, na página 15, segunda carta, que nega a presença rela de Cristo na eucaristia e fala contra a ressurreição. Li o artigo, como teólogo, e como teólogo fui tentar discutir o texto com uma colega de trabalho. Ela não bateu fisicamente, mas suas palavras carregadas de cansaço e stress me agrediram. Me lembrei então do leão que ruge, e ruge alto, fazendo que as pessoas percam a capacidade da reflexão e do diálogo, e se tornando muito práticas pela falta de tempo, soltam respostas prontas, falando alto de forma agressiva, finalizando a conversa e se fazendo a voz da verdade, relativisando tudo. Minha colega soltou essa: “ele é atacado mesmo porque ta fazendo sucesso, católico tem que ser bonito, cantar, fazer sucesso mesmo!” Dentre outras coisas... Nossa, eu que tinha iniciado o diálogo perguntando a ela o que ela tinha aprendido de verdade no catecismo, já que ela fez um catecismo a tempos onde ainda se rezava no quarto, sugerindo a centralidade da vida cristã que é a vida, morte e ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo, ela disse que não se lembrava de nada a não ser da música de Roberto Carlos que a catequista colocava na aula. Eu tentei ainda dizer que a verdade não tem contexto que a engloba, é apenas a verdade. Jesus morreu e ressuscitou, essa é a verdade, não tem contexto que mude essa verdade. Tentei prolongar o diálogo e fui agredido com a impaciência de uma pessoa que se tornou devorada pelo leão que ruge nas cabeças não deixando que as pessoas pensem, reflitam e ouçam a Deus, até mesmo nas palavras proféticas que chegam até nós constantemente.
Penso também no aumento do número de psicólogos e a diminuição de profetas, de sacerdotes, de pessoas que ouvem a Deus. Recentemente fiz um curso de um método de auto conhecimento chamado eneagrama. Sem entrar em detalhes nesse método, quero apenas destacar que o curso, que envolve além da teoria, práticas terapêuticas, faz com que entremos em contato com nosso interior. Pergunto: Não é o que faz Jesus com a teoria da Sua Palavra? Precisamos entrar no silêncio de um consultório para conseguir refletir a própria vida, quando o Cristo já nos ensinou a entrar no quarto e orar a Deus? Um padre que sou devoto, e que para mim é um homem santo, diz que não compreendia bem a necessidade dos psicólogos... Bem, este padre, hoje com 78 anos, vem de um tempo que se ouvia a Deus.
O que pretendo com essa reflexão é chamar a atenção das pessoas para a simplicidade da vida. O valor do silêncio e da oração é um valor para a vida... É um valor e uma necessidade para que o leão não nos devore e que não precisemos que psicólogos nos levem a buscar respostas que já temos, que já nos é dada pelo Espírito Santo, mas que está adormecida e entorpecida pelo barulho e pela correria do mundo. Peguemos a Palavra de Deus, entremos no quarto e ouçamos a Deus! Esse é o segredo! De tão simples as pessoas não dão valor, como ao próprio Cristo que incomodou pela simplicidade de Sua vida e de Sua sabedoria, pelo simples fato que Ele se retirava para rezar. Ele ouvia o Pai.

Benção e paz!
Marcelo Vilela – OCDS – Montes Claros-MG

terça-feira, 9 de junho de 2009

As Bem-Aventuranças



Comentário do Evangelho de Mateus
As Bem-aventuranças (Mt 5,1-12)
Marcelo Vilela – Montes Claros 09/06/2009

Como toda mensagem de Jesus Cristo fala ao coração do homem, desde Maria até o calvário, o texto das bem-aventuranças, se mostra um texto que fala ao coração, mas parte do coletivo ao individual quando refletimos mais profundamente. É um texto riquíssimo que Jesus dirigia-se à multidão do povo que sofria, e o seguia na esperança de conseguir curas, consolo, algum conforto, libertação. Nesse sentido também posso afirmar que se trata de um texto social, atual e perene. Jesus consolava os pobres de coração que sofriam. Pessoas que eram honestas, retas e justas, mas que sofriam com a opressão da época, com a pobreza imposta pelo coração duro dos homens gananciosos. Será que é atual este texto? Jesus falava ao coração dos homens que choravam essas mazelas sociais que afligiam os homens de bem, Jesus exortava aqueles poucos que eram mansos e não exerciam o poder da opressão, mesmo podendo por sua posição social, exortava ainda alguns poucos que eram misericordiosos e exerciam de misericórdia para com os outros menos favorecidos.
Jesus conhecia e conhece o coração do homem, Ele percebeu que os justos e misericordiosos seriam invejados e perseguidos e o exortou também a continuarem firmes, sendo exemplo e testemunho, para conversão de muitos. Como as bem-aventuranças são promessas para hoje e para sempre, Jesus com Sua Palavra, nos remete à reflexão... À medida que vamos acolhendo a palavra de Deus, através do Espírito Santo, essa Palavra vai transformando nossa vida, nosso consciente e subconsciente começam a experimentar de algo extraordinário que acontece sem que percebamos muitas das vezes. Hoje conhecemos problemas grandes, macro-problemas tais como o aquecimento global, a destruição do meio ambiente, a contínua ação degradante da vida, por homens gananciosos e sem coração e muitos outros que, quando refletimos em comunidade, chegamos à conclusão que todos precisam fazer sua parte, depende de cada um com ações simples, do dia-a-dia. Mas Jesus já sabia disso desde sempre, por isso Sua Palavra, toda ela, nos remete à interiorização, pois Ele sabe que só existirá mudança a partir do coração, a partir da sensibilização do homem pelo amor. À medida que vamos tomando consciência da justiça, do amor e da caridade, vamos nos tornando pessoas melhores, com retas intenções, e vamos assumindo a nossa parte na promessa das bem-aventuranças, vamos nos fazendo parte delas, seja sendo pobres de espírito, seja sendo mansos, seja chorando ou sendo perseguidos ou seja sendo misericordiosos, o que importa é que vamos fazendo parte, ainda nesta vida, da mesa do Senhor, para um dia contemplarmos em plenitude Sua face na eternidade.

domingo, 24 de maio de 2009

Poema de uma Jovem!


Juventude, esperança da sociedade!
Mariana Vilela, 13 anos.


Juventude... Fase de experiências

Fase de mudanças

Fase de uma vida

Fase do saber

Do querer

De aprender a viver


Viver uma vida feliz

Como se cada dia fosse o último

Fazer o que se quer

E quando quiser


A juventude nos dá asas, para que possamos voar

Para sermos livres

Para que possamos experimentar


Mas asas não são suficientes

Não nos deixam velozes como queremos

Velozes queremos ser, para nunca mais parar

Mas às vezes queremos ser lentos

Para nunca mais andar...


Queremos muitas coisas

E até sabemos o que queremos

Mas não sabemos pedir

Não sabemos agir

Não sabemos corretamente expressar


Por isso somos julgados,

Condenados,

Decepcionados!


E isso nos deixa tristes

Como raiva,

Pouco pensativos...

Não mais queremos pensar

Queremos agir!


Mas magoados ficamos,

Paramos então de pensar

E de notar

Que essa vida é curta

Passa muito rapidamente

Só temos uma chance de viver.

Tenham fé na gente!

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Resgatar o valor do pai




Após uma palestra sobre violência e drogas proferida pelo Dr. Cláudio Prates, agente da polícia federal, lotado em Montes Claros-MG, fiquei refletindo a resolvi escrever sobre o que mais me chamou a atenção na fantástica palestra desse, cristão autêntico e um Pai exemplar.
Trata-se da pessoa do pai, o pai de família, o homem da casa. O pai que exerce a autoridade muitas vezes apenas com sua presença, um pai como São José. Para falar de pai, claro, precisamos falar da mãe, a mãe é figura importante, isso é indiscutível, a mãe tem um amor incondicional. Mas o pai tem um papel fundamental, pois o pai tem um amor condicional, que impõe limite, que educa, muito importante, aliás, de extrema importância, não existe sociedade em que não exista limites e nem regras, os mandamentos da lei de Deus são regras para a salvação, as leis são regras para uma vida em sociedade, a figura paterna, com seu exemplo, seu testemunho, sua ética moral e sua vida, são as regras para a família. Claro que digo isso unindo o principal ingrediente, o amor. O pai tem amor, e muito, porém, sabe dosar o amor para educar, é de sua natureza, e que natureza perfeita.
Fico imaginando a família de Nazaré, Nossa Senhora, Maria sempre foi importante, aliás, a mais importante, porém o Deus Pai criador precisou e quis José como pai de Jesus e nos mostrou a sua importância. Maria concebeu Jesus, ela tem seu valor inigualável, mas foi a José que Deus dava as coordenadas, foi a José que Deus mostrava o que fazer através dos sonhos. “José levante agora, vá para o Egito, o menino corre perigo!” ou “José não temas em receber Maria por sua esposa, ele dará a luz a um filho e tu porás o nome de Jesus!” Nossa, Deus quis precisar de José, pois sabia da importância que seria e que é o papel do pai na família.Por isso o homem hoje é tão atacado! Por isso sofremos ataques de toda espécie, em todas as áreas. O absurdo oferecimento de drogas, começando pelo álcool com milionárias propagandas e campanhas promocionais que apelam usando mulheres seminuas, e tentando mostrar um falso poder e status. Depois na sexualidade, usando mulheres de diversas maneiras a se tornar cada vez mais sensuais a ponto do homem muitas vezes não resistir. Tudo para que o homem caia, tudo para desmoralizá-lo perante a família, pois ele é autoridade, atacando o homem, o pai, a referência se desfaz e os filhos ficam ao deusdará... e destruindo a família, a vida se destrói. Estamos vendo isso hoje, mas parece que não enxergamos, pois o mecanismo maligno vai além, envolve tudo, a correria, o consumismo, tudo nos absorve a ponto de não refletirmos tudo isso que acontece... estamos como que entorpecidos pelo mundo. Vemos sociedades milenares, a exemplo da China, com sua cultura milenar sendo invadida pelo consumismo, acabando com culturas tradicionais, e que já mostram o desastre que todos tentam esconder e não mostrar. Existe jeito? Existe esperança? Claro que existe! Já somos vencedores, porém vencedores que dormem! Vencedores que estão entorpecidos ou cegos diante de tanto oferecimento de prazer e facilidades, e que não gosta de moleza...! mas o caminho é árduo, difícil, sofrível na maioria das vezes, mas de um sabor que o mundo não conhece, pois tem o sabor de Deus! E mesmo que fiquemos entorpecidos pelo mundo, as pedras falarão! Imaginem pedras falando! Mas precisamos continuar a ser a voz que clama no deserto, o caminho, a solução nós temos, como fazer é o desafio, pois os obstáculos são muitos, astutos, mais que nós inclusive, mas o amor sempre vencerá, pois já venceu! Acordemos homens! Resgatemos nossa autoridade dada por Deus criador, sejamos a imagem perfeita do próprio Deus para os nossos, é possível, Ele mesmo disse e provou que é. Lutemos por nossas famílias, ou nossa família será enlutada pelo mundo perverso. Que São José seja nossa referência sempre, e que possamos dizer sempre, valei-nos São José!

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Por que algumas pessoas mudam de religião, depois falam que encontrou Jesus verdadeiramente?

Participe dessa reflexão, deixe o seu comentário!

Opinião 1: (Marcelo Vilela, autor deste BLOG - vilelamoc@yahoo.com.br)

Bem, a psicologia e a antropologia podem explicar cientificamente e até comportamentalmente essa questão como sendo uma questão que envolve a vida da pessoa como um todo, ou seja, o contexto da vida de cada um. Deus nos criou únicos, principalmente nossa inteligência, que é única! Nossa capacidade de refletir, de pensar, de decidir. Isso é único em cada ser humano. E como são insondáveis, ainda, os mistérios da mente humana, mas à luz da palavra de Cristo, observando os sinais e o contexto das situações é possível traçar pistas de reflexão.
Nós, pessoas humanas, somos cheios de defeitos, isso todos concordam. Na vida cada um vai formando o seu convívio social nas mais variadas opções que cada um tem de caminhar. Formamos família, participamos de grupos sociais diversos e distintos. Somos líderes, somos liderados, somos pessoas vivendo em sociedade. Várias são as filosofias, vários são os modos de vida, várias são as culturas. Acontece que alguns comportamentos são básicos em todos, tipo os comportamentos de defesa, quer seja física ou mental. Trago para esta reflexão o texto bíblico do fariseu e o publicano, que está em Lucas 18, 10-14. O fariseu bate no peito e reza alto na igreja, enquanto o publicano, sem levantar a cabeça, clama por misericórdia. Vejo que somos muitas e muitas vezes fariseus e acrescento ainda somos fariseus hipócritas, pois muitas vezes nossa oração nem condiz com a verdadeira realidade de nossas vidas, como meio de defesa, queremos manter a aparência de algo que fomos um dia ou que projetamos mas não conseguimos ser. Daí quando se chega a um ponto que não dá mais para prosseguir e algo precisa ser feito para mudar de vida, manter a palavra, manter as aparências torna-se difícil demais, tamanha hipocrisia vivida ao longo dos tempos... Só esse já seria motivo suficiente para mudar, então se muda de igreja, religião, e acaba colocando a culpa da mudança de vida, na mudança de religião, como se o Deus que acreditara antes fosse outro... Ao passo que se batesse no peito e clamasse misericórdia, feito o publicano, muito mais mudaria em sua vida, pois como diz Jesus no sermão da montanha: Felizes os humilhados porque serão exaltados!
Como a religião está diretamente ligada a uma dimensão humana importantíssima, que é a transcendente ou espiritual, mudar a direção dessa dimensão torna-se mais fácil lidar com as outras dimensões, pois as mesmas refletem diretamente na vida do indivíduo e fica muito mais fácil dar essa desculpa ou explicação às pessoas do convívio social.
Eu mesmo, quando parei de beber, por um tempo, atribuí essa conquista a um encontro com Jesus, assim como fazem muitos que param de beber e mudam de religião. Mas hoje, compreendi a palavra, bato no peito feito o publicano e digo: Senhor, misericórdia de mim! Ajuda-me! Com a bebida estou indo para um caminho sem volta, ajuda-me! Assim Cristo me ajudou, e hoje sou exaltado porque me humilhei, e ainda me humilho sempre que os amigos bebem ao meu redor, fazem chacota, mas sempre digo a mesma coisa e consigo sempre, com a graça de Deus, me manter firme como uma rocha. Isso meus irmãos mostra quanto o Evangelho pode fazer na vida de cada um, sem que precisemos mudar de religião, de orientação, protestando e caminhando, muitas vezes, para a apostasia.

Opinião 2: (Beatriz Zahn, membro da Ordem Carmelita Descalça Secular, Montes Claros-MG)

Como já lhe disse, esta questão é atual, é delicada e é tambem um fato presente e crescente em nosso meio, infelizmente. Há muito o que abordar, por exemplo:
A nível individual - "mudei de religião e encontrei Cristo". Encontrar Cristo é um fato que não está ligado estritamente a religião pois Ele se revela a todos e de formas variadas. Há que se ver porém o porque mudar de religião. Parto do pressuposto que esta pessoa deixou de ser católica para professar outra fé.
É assustador. Antes nós víamos o contrario. A religião católica é que acolhia as outras e hoje...
A resposta está na nossa origem, ou melhor, na origem da Igreja. Vou falando aos poucos porque é muita coisa num tema só.
A questão tambem está no nosso modo de viver a fé que professamos que é católica, apostólica, romana. Na verdade temos sido falhos, agnósticos e relativistas e com isto muitos irmãos vão se perdendo...

Opinião 3: (Dalva Cantuária, membro da Ordem Carmelita Descalça Secular, Montes Claros-MG)

Já parei para pensar algumas vezes neste questionamento abordado por você. E vendo ou melhor percebendo alguns conhecidos que mudaram de religião, tenho a seguinte opinião: a) Muitos mudam pela dor. Tendo pouca fé, e diante de problemas sérios na família, acreditam que mudando de religião, irá resolver. b) Outros, não buscam conhecer a religião católica, e sendo influenciáveis acabam indo sequindo a maré. c) Outros, ainda, não encontrando apoio na Igreja Católica (não estou aqui criticando a nossa Igreja), encontram na outra, o apoio imediato que anseiam, diante das circunstâncias vividas. (Acolhida, pessoas estão cada vez mais carentes - Opinião do autor do BLOG)

Opinião 4: (Luciano Dídimo, membro da Ordem Carmelita Descalça Secular, Fortaleza-CE)

Acredito que as pessoas mudam para igrejas evangélicas porque lá existe toda uma estratégia para a recepção e o acolhimento, diferentemente do que infelizmente acontece em nossas paróquias, onde as pessoas vão à missa e não são recebidas, acolhidas por ninguém, onde muitas vezes não há uma integração entre a comunidade, ou entre o sacerdote e a comunidade.
Não se pode generalizar, mas na grande maioria das paróquias acontece isto, devido também à imensa quantidade de paroquianos.
As pessoas que estão sem Deus, cheias de problemas, ficam carentes, frágeis, e necessitam serem valorizadas, terem uma atenção especial, um tratamento pessoal, essas coisas, e por isso são facilmente "pescadas" pelos pastores que ficam de plantão na porta das suas igrejas.

Opinião 5: (D. José Alberto Moura, CSS - Arcebispo Metropolitano de Montes Claros-MG - Artigo: O rebanho, de 01/05/2009)

Jesus não é apenas um pastor. É o bom pastor. Essa qualidade lhe advém pelo fato de ter condição de dar vida com a própria em bem das ovelhas. Interessa-lhe toda ovelha ou cada ser humano. Na comparação do rebanho por ele conduzido, além das noventa e nove ovelhas salvas, ele quer salvar também aquela perdida e dá tudo de si para sua condução ao rebanho de que ele cuida (Cf. Jo 10, 11-18). Ele demonstrou na prática da doação da própria vida que tem condição de salvar a todos. Seu poder e sua pessoa são divinos. A ressurreição é uma realidade a confirmar sobejamente isto.Na ânsia de busca de rebanho, muitos tentam dizer que o caminho de Jesus é este ou aquele. A confusão às vezes se verifica. Tantas denominações religiosas existem e surgem outras novas a cada dia. Seria esta a vontade do Senhor ressuscitado? O pecado com o egoísmo faz o ser humano colocar, muitas vezes, como referencial, os próprios interesses e ideias, nem sempre afinados com o projeto do Filho de Deus. A subjetividade exacerbada faz comumente muitos aderirem a conveniências religiosas influenciadas por outros de boa fé ou não, seguindo caminhos que podem até contradizer o proposto por Jesus. O sectarismo com a falta de reflexão ou discernimento favorece muito ao intimismo religioso, baseado na busca de vantagens ou soluções de problemas de ordem de saúde e economia. Às vezes se desfigura a conotação distintiva de quem segue o Mestre na vida de fraternidade. Não raro as perseguições e os ataques por motivos de crenças ou opções religiosas diferentes fazem acontecer inimizades, difamações e calúnias. Para se vencer tudo isso é preciso desarmarmos os ânimos com dose progressiva de consideração do outro como irmão, mesmo com diferentes opiniões e religiões. Não se trata de se aceitar qualquer coisa como verdade e como válido. Trata-se de, antes de tudo, de se ser humano e se unir para a mútua compreensão e colaboração para uma convivência tal a se ajudar um ao outro a ser amado e respeitado.Jesus quer "um só rebanho e um só pastor" (Jo 10, 16). Por isso, reverter o quadro de divisões e lutas deve iniciar-se pelo desarmamento do coração e pela demonstração de fraternidade. Os outros reconhecerão os verdadeiros discípulos do Senhor pelo amor vivido entre eles. Quanto mais nos aproximarmos do Mestre, vamos percebendo que ele quer o bem de todos e que nos entendamos com a fraternidade. Caso contrário, mesmo que tenhamos mais acerto quanto ao conteúdo do ensinamento dele, mas não vivermos o que nos tipifica com sua pessoa no autêntico amor, não seremos capazes de seguir sua trilha para nosso próprio bem. Como é bom o empenho para vivermos o ecumenismo de melhor entendimento das diferenças entre as comunidades e igrejas cristãs, bem como o diálogo interreligioso! Assim demonstramos que somos pessoas com abordagens diferentes em relação aos valores da vida e da religião, mas vivemos na civilização de compreensão e mútua ajuda. Trabalharemos com união de esforços para ajudarmos a convivência no trabalho de superação das injustiças, da miséria e toda sorte de desrespeito à vida. Seremos pessoas humanas capazes de sermos úteis, com a força da fé de cada um, para implantarmos a cidadania para todos, em que Deus nos una num só coração e numa só alma.

Participe! Aguardo sua opinião!

domingo, 8 de março de 2009

O CARMELO E A MULHER !!!

O Carmelo e as Mulheres
Uma mulher, Santa Teresa de Jesus, reformou o Carmelo para que o mesmo salvasse e reformulasse muitas vidas. Lá no início por inspiração e guiado pela Virgem do Carmo, São Simão Stock difundiu os ideais da vida Carmelitana. Assim, a história e doutrina do Carmelo confundem-se com a trajetória e os ensinamentos de diversas mulheres (também com a participação, doação e inspiração de homens como o Frei São João da Cruz). Mas hoje, 8 de março, lembramos de forma especial Delas, pois comemorar devemos fazê-lo diariamente.
A vida, dom maior de Deus, não ocorre sem a presença feminina. Cada sacerdote, religioso(a), leigo(a) ou santo(a) é precedido por uma mulher, que com freqüência, é também mãe espiritual para seus filhos. Giuseppe Sarto, por exemplo, o futuro Papa Pio X, logo depois de ser consagrado Bispo foi visitar sua mãe, na época com 70 anos de idade. Ela beijou respeitosamente o anel do filho e, de repente, tornando-se meditativa, indicou seu pobre anel matrimonial de prata: “Sim, Peppo, mas você agora não estaria usando este anel se eu antes não tivesse usado meu anel nupcial”.
Podemos nos lembrar de várias mulheres dentro e fora do Carmelo e de sua importância para a vida da Igreja e suas participações decisivas nas vidas de seus filhos. Disse certa vez, o Bispo de Hipona, Santo Agostinho: “Aquela mulher fez me nascer para esta vida temporal e, com o coração, para a vida eterna. O que me tornei e como, devo-o a Ela. Na bela história do Carmelo, para ressaltar este dia, lembremos de mulheres discretas que embora vivendo em ambientes restritos, humildes e pacatos, tornaram-se modelos de fé, ensinamentos e justiça. O que representou Santa Teresa com seu perfume oracional e suas fundações? Suas filhas, Teresinha do Menino Jesus, com sua pequena via? Edith Stein, com sua busca da verdade no Criador? a doce e humilde Teresa de Los Andes? A primeira Carmelita italiana, escondida no coração de Jesus, Teresa Margarida Redi? A Beata Elisabete da Trindade, com sua teologia dos Três? Impossível delimitar tais respostas. Mas não esqueçamos que tudo começou com uma virgem, lá longe, chamada Maria que trouxe-nos o seu filho ao mundo, por obra do Espírito Santo e pela justiça e aceite de uma varão, chamado José, que devemos lembrar, de modo especial, neste mês de março. Que neste dia, mulheres, a bem Aventurada Virgem do Carmo derrame todas as bênçãos sobre vós e as proteja com seu manto sagrado.
Grupo Elisabete da Trindade, OCDS
Montes Claros, Minas Gerais

FELIZ INTERNACIONAL DA MULHER!

sexta-feira, 6 de março de 2009

O que o Carmelo pode fazer por mim?

Caso você se pergunte o que o Carmelo pode fazer para mudar sua vida, na prática, eu posso te responder primeiro fazendo um questionamento, ou melhor, uma condição: para obter as graças através do Carmelo, e que são inúmeras, você precisa apenas ter coragem! Coragem de encontra-se consigo mesmo, enfrentar seu eu interior, conhecer-te. Esse, talvez seja o principal e primeiro desafio. Santa Tereza nos remete ao nosso interior através dos caminhos da oração com maestria, também citando exemplos práticos da sua vida.
É um caminho árduo, requer muito esforço, muito aprendizado, mas garanto, não tem nenhum outro agrado maior nesta vida. Encarando-se, se tem a possibilidade de ir se curando, se arrependendo, se perdoando e pedindo perdão ao Criador. No final estamos tão mudados que acreditamos firmemente que foi Deus que fez tudo isso. E é exatamente isso que o Carmelo quer: Seu encontro pessoal com Deus, um trato de amizade com Ele, pois sabemos que Ele nos ama, nos ama e vive dentro de nós, lá no fundo, lá dentro, Deus se encontra conosco! Arrisque-se, vale a pena! Vale a sua vida! Conte comigo para ajudá-lo no caminho, podemos caminhar juntos, será um enorme prazer. Com Deus sempre!

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Apenas um fruto da Tua Vontade, Senhor!


Quão belas são tuas obras ó Senhor!
Criastes a mulher, a mais bela criação
Agora entendo por que tamanha beleza
Para abrigares em teu ventre
O próprio criador;
Que se fez homem...
Homem Deus e Deus Homem
Mistério de Sua vontade!
Menino Deus, Menino Jesus
Ilumina as almas, abrande os corações!
Faz-me assim Senhor!
Apenas um fruto da Tua vontade!

Maravilhosa Elisabete!!!


"Que alegre mistério a presença de Deus dentro de nós, nestes íntimos santuários de nossas almas, onde sempre podemos encontrá-lo, também quando experimentamos mais sensivelmente a sua presença!"
"Deus tem desígnios que nem sempre compreendemos, mas que devemos adorar. "

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Artigo publicado no site da Arquidiocese de Montes Claros com o título:

Igreja Discípula de Cristo presente na contemporaneidade
atualização feita em 12/12/2008 às 21h e 58min

Veja a publicação em: (Ver na seção Artigos)
www.arquimoc.org.br

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008


Os documentos “Dei Verbum” e “Gaudium et Spes”, nos diz que Deus entretém ou fala ao ser humano como a amigos e que as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angustias dos homens e mulheres de nosso tempo são as alegrias, esperanças, as tristezas e as angústias dos discípulos de Cristo.
Pergunta:

À Luz desta afirmação como pensar em uma igreja que responda aos desafios de nosso tempo?


Gostaria de basear minha resposta no modo de pensar de Santa Edith Stein, carmelita, intelectual de alto nível e inteligência ímpar e cuja espiritualidade, acredito ser um caminho para encarar os desafios do nosso tempo moderno. Concordo com Edith Stein em afirmar que a educação é um caminho seguro, não só espiritualmente, mas como um todo para o homem, veja o que a Santa diz:Edith Stein, explica, «considera o homem como uma unidade de corpo, alma e espírito e demonstra que o homem tem um interior inviolável que é o fundamento de sua dignidade, o espaço sagrado de encontro com Deus e, inseparavelmente, o lugar da consciência de que podem elevar-se decisões livres e um verdadeiro diálogo com o mundo».
«Formar o homem significa ter coragem para servir a esta interioridade. Edith Stein dá uma formulação muito luminosa deste vínculo entre o interior e a educação quando escreve: é a vida interior o fundamento único; a formação se leva a cabo do interior para o exterior», acrescenta.
A missão do cristão sempre será a mesma: a redenção da humanidade. Mas, partindo do que hoje nós entendemos, principalmente sobre experiência de Deus, como levar o homem a um autêntico encontro consigo mesmo e levá-lo ao encontro com esse Deus? Creio que isso é possível, sobretudo nessa perspectiva de que o Divino enaltece o humano e o humano nos aproxima do Divino, porque só a partir de uma autêntica experiência de Deus pode haver uma autêntica recuperação e revitalização do que é o ser humano, além de ser o que nos abre a dignidade do outro e a esforçar-nos e trabalharmos para que o outro recupere sua dignidade nesse sentido, um caminho que leva a si mesmo mas que necessariamente leva ao outro e vice-versa.
Então, desenvolver ações que priorizem e promovam esse encontro, essa experiência, é o primeiro e mais importante passo numa catequese moderna e atual. Só poderemos ensinar o evangelho de Jesus Cristo, principalmente aos jovens, se eles conhecerem e sentirem Jesus Cristo, a partir daí, toda ação pastoral será eficiente, bastando apenas que cada um identifique sua vocação e seu carisma.